Em 2002, o mecânico da cidade mineira de Uberaba, que fica a 475 km da
capital Belo Horizonte, teve o seu próprio momento de 'eureka' quando
encontrou a solução para iluminar a própria casa num dia de corte de
energia. Para isso, ele utilizou nada mais do que garrafas plásticas pet com água e uma pequena quantidade de cloro. Nos últimos dois anos, sua ideia já alcançou
diversas partes do mundo e deve atingir a marca de 1 milhão de casas
utilizando a 'luz engarrafada'.
"Adicione duas tampas de cloro à água da garrafa para evitar que ela
se torne verde (por causa da proliferação de algas). Quanto mais limpa a
garrafa, melhor", explica Moser.
Moser protege o nariz e a boca com um pedaço de
pano antes de fazer o buraco na telha com uma furadeira. De cima para
baixo, ele então encaixa a garrafa cheia d'água.
"Você deve prender as garrafas com cola de
resina para evitar vazamentos. Mesmo se chover, o telhado nunca vaza,
nem uma gota", diz o inventor. Outro detalhe é que a lâmpada funciona melhor se a tampa for encapada com fita preta.
Pelo mundo
O inventor já instalou as garrafas de luz na casa de vizinhos e até no supermercado do bairro.
Ainda que ele ganhe apenas alguns reais
instalando as lâmpadas, é possível ver pela casa simples e pelo carro
modelo 1974 que a invenção não o deixou rico. Apesar disso, Moser
aparenta ter orgulho da própria ideia.
"Uma pessoa que eu conheço instalou as lâmpadas
em casa e dentro de um mês economizou dinheiro suficiente para comprar
itens essenciais para o filho que tinha acabado de nascer. Você pode
imaginar?", comemora Moser.
Carmelinda, a esposa de Moser por 35 anos, diz
que o marido sempre foi muito bom para fazer coisas em casa, até mesmo
para construir camas e mesas de madeira de qualidade.
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