Com menos de um mês para abertura da Copa do Mundo aqui no Brasil, opiniões se dividem, se chocam, entre amantes do futebol, que se confunde com a história cultural do país e os que entendem como manobra do "pão e circo" por parte de nossa classe política leviana.
A Copa do Mundo de Futebol, organizada pela toda poderosa FIFA, é sem dúvidas, o maior evento do futebol no planeta, isso porque, além de ser o troféu maior a ser conquistado por uma seleção, o campeonato agrega a presença dos melhores jogadores do mundo.
Em tese, o evento ajuda divulgar melhor a imagem do país sede para o mundo, e isso interfere em dois tipos de turismo. O primeiro será o turismo por conta do evento em si, por isso as obras de mobilidade com investimentos em estradas, metrô, aeroporto, ônibus e na rede hoteleira, são essenciais, para receber estrangeiros dispostos a gastar em nosso país. O outro turismo vem da divulgação do país, que é a maior falácia.
Primeiramente, somos um país de dimensões continentais, com problemas graves na saúde e na educação, onde paga-se muito imposto e o retorno é de péssima qualidade em qualquer atendimento público. Com isso, há uma força tarefa para investir na Copa do Mundo, e não vemos o mesmo esforço nas áreas mais sensíveis a nossa carente população.
Qual país vamos divulgar para que os estrangeiros queiram nos visitar?
O Brasil das belas praias com a desigualdade social bem escondida na publicidade ou vamos mostrar a alta taxa de criminalidade e a indiferença do governo em relação a mesma?
Vamos mostrar crianças sorrindo nos pontos turísticos ou mostrar várias delas fora da escola por conta da evasão escolar e uma política salarial ridícula, em relação aos professores?
O Brasil vencer essa Copa do Mundo é a vitória da corrupção, e a derrota do brasileiro de bem, que antes do lazer do futebol, preocupa-se realmente com o país que pretende deixar para seus filhos.
Por outro lado, não vejo como solução, torcer para o Brasil perder, pois o futebol não é o fator decisivo de nossa tolerância a corrupção, e sim nossa vontade de mudança e consciência na hora de votar. Então assim como a Copa do Mundo, não veja o Brasil com o avatar que o governo quer, não veja o seu candidato com a roupagem da campanha, e sim quem ele realmente é.
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